Alguns dos itens mais exportados da Bahia para os EUA, derivados de cacau poderão ser impactados pelo 'tarifaço'

  • 31/07/2025
(Foto: Reprodução)
Tarifaço afeta produtos estratégicos da Bahia No primeiro semestre de 2025, a Bahia exportou mais de U$S 45 milhões em manteiga, gordura e óleo de cacau para os Estados Unidos, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Com o "tarifaço" imposto pelos país norte-americano, o setor é um dos que serão impactados negativamente. A Casa Branca oficializou na quarta-feira (30) a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida entra em vigor no dia 6 de agosto e, apesar de diversos produtos terem sido poupados, itens como cacau, pneus e café seguem na lista do "tarifaço". 🍫 Na Bahia, o cacau é produzido no sul do estado, em cidades como Ilhéus e Wenceslau Guimarães. O produto exportado não é a fruta em si, mas os derivados dela, como o licor, o cacau em pó, a manteiga de cacau e a pasta de cacau. Além da indústria alimentícia, esses insumos são adquiridos pelas indústrias farmacêuticas e de higiene. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Esses derivados são exportados por três grandes indústrias brasileiras com atuação no sul da Bahia: Cargill, Joanes e Barry Callebau. O g1 tenta contato com as respectivas empresas para entender os impactos da nova tarifa nas exportações. Em nota, a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) afirmou que a medida vai afetar diretamente a competitividade das exportações brasileiras de derivados de cacau e defende a adoção urgente de medidas diplomáticas e comerciais. Apesar disso, as possíveis perdas financeiras não foram detalhadas. Derivados de cacau no ranking das exportações Derivados do cacau são alguns dos produtos mais exportados pela Bahia para os Estados Unidos Divulgação Eu Te Explico #142: Como o tarifaço de Trump afeta a Bahia? De acordo com a Fieb, 8,3% de todas as exportações da Bahia no primeiro semestre de 2025 foram para os Estados Unidos. O país norte-americano ficou atrás apenas da China (23,6%) e do Canadá (9,4%). A nível nacional, o estado foi o 11º que mais exportou para os EUA no mesmo período - um total de U$S 440 milhões. Em relação ao ranking dos produtos baianos mais exportados, os derivados do cacau aparecem em 2º e em 9º lugar, com participações de mais de 10% no número total de exportações do primeiro semestre deste ano no estado. Confira: Principais produtos exportados da Bahia para os Estados Unidos Para Carlos Henrique Passos, presidente da Fieb, o "tarifaço" traz preocupações para o setor industrial baiano. Com a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, 67% dos produtos industriais do estado passarão a ter a taxa de 50%. "Isso não é exatamente uma tarifa, é um embargo comercial, porque dificilmente será viável continuar vendendo para o mercado americano e o nosso comprador não conseguirá incorporar esse custo. Precisamos buscar outras soluções", explicou. Para ele, o melhor caminho para evitar danos econômicos no setor é seguir com as negociações com os Estados Unidos. Nesta quinta-feira (31), o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que as negociações não terminaram. Em entrevista a TV Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues afirmou que tem conversado com outros governadores do Nordeste e com a presidência da república para buscar soluções de mercado para os produtos taxados. Em 5 e 6 de agosto, o Consórcio Nordeste terá reuniões em Brasília. "Os empresários que exportam se preparam para isso, contratam mão de obra, tomam dinheiro emprestado e agora recebem essa noticia. Vai gerar prejuízo para os empresários, para a classe trabalhadora, porque haverá demissões", afirmou o governador. LEIA TAMBÉM: Tarifaço pode encarecer ou baratear o preço dos alimentos no Brasil? Entenda quais setores escaparam da taxa de 50% e quais se deram mal Outros produtos exportados Produções de mangas também serão afetadas pelo tarifaço TV São Francisco O risco de mangas brasileiras 'virarem lama' com impacto de tarifas dos EUA As mangas produzidas na região do Vale do São Francisco, no norte da Bahia também serão afetadas pelo "tarifaço". Parte da produção, que será colhida em setembro, tinha como destino os Estados Unidos. ⚠️ Apesar do suco e polpa da laranja terem sido isentos da taxa de 50%, outras frutas seguiram com a taxa, entre elas a manga. Segundo a Associação de Exportadores de Produtos Hortigranjeiros do Vale do São Francisco, o "tarifaço" pode reduzir em 70% as exportações de mangas produzidas na região - um prejuízo de cerca de US$ 30 milhões. Anualmente, 1,25 milhão de toneladas de mangas são produzidas na região e, desse montante, 253 mil toneladas são exportadas, o que gera US$ 348 milhões. Só para os Estados Unidos, são exportadas 53 mil toneladas. LEIA TAMBÉM: Soja, combustível e celulose: veja cenários dos principais produtos exportados pela Bahia no 1º semestre de 2025 Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/07/31/cacau-tarifaco-estados-unidos.ghtml


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