Cresce número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil, aponta levantamento

  • 18/01/2025
(Foto: Reprodução)
Segundo o Observatório do Grupo Gay da Bahia, foram 291 homicídios e suicídios em 2024, 34 a mais que no ano anterior. SP, BA e MT lideram ranking e Salvador é a capital mais perigosa. Leques de mão coloridos são uma marca do público LGBT+ durante a Parada de BH Reprodução TV Globo O número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil cresceu 13,2% em 2024, quando comparado com os registros do ano anterior. É o que aponta o Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga organização não governamental da causa na América Latina. O levantamento é feito há 45 anos e leva em conta notícias veiculadas na imprensa e correspondências enviadas à ONG. Foram computados homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas. Segundo os dados, o Brasil teve 291 pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ mortas no ano passado, 34 a mais que em 2023, quando o país registrou 257 casos. As vítimas eram: gays: 165 travestis e mulheres transgêneros: 96 lésbicas: 11 bissexuais: 7 homens trans: 6 Outras 6 pessoas declaradas heterossexuais foram incluídas no levantamento por terem sido confundidas com integrantes da comunidade ou por terem tentado defender vítimas. A maior parte das mortes foi registrada na região Nordeste (99) e no Sudeste (99). Em relação ao meio utilizado nos crimes, arma branca (65), arma de fogo (63) e espancamento (32) foram os mais apontados na apuração. No ranking de estados, São Paulo, Bahia e Mato Grosso lideram com os maiores números de casos. Confira o ranking completo abaixo: São Paulo: 53 Bahia: 31 Mato Grosso: 24 Minas Gerais: 22 Pará: 16 Pernambuco: 15 Rio de Janeiro: 15 Alagoas: 13 Ceará: 11 Maranhão: 10 Paraná: 10 Amazonas: 8 Goiás: 8 Espírito Santo: 7 Mato Grosso do Sul: 7 Piauí: 6 Distrito Federal: 5 Paraíba: 5 Sergipe: 4 Rio Grande do Sul: 4 Santa Catarina: 4 Tocantins: 4 Rondônia: 3 Amapá: 2 Rio Grande do Norte: 2 Acre: 1 Roraima: 1 Salvador é a capital mais perigosa para a comunidade, aponta o levantamento. Depois dela, aparecem São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Veja o ranking abaixo: Salvador (BA): 14 São Paulo (SP): 13 Belo Horizonte (MG): 7 Maceió (AL): 7 Fortaleza (CE): 6 Manaus (AM): 6 Rio de Janeiro (RJ): 6 Campo Grande (MS): 5 Cuiabá (MT): 5 Goiânia (GO): 5 Teresina (PI): 5 Recife (PE): 4 Aracaju (SE): 2 Brasília (DF): 2 Curitiba (PR): 2 Perfil das vítimas Brasil teve 291 LGBTs mortos em 2024 JL Rosa/SVM Brancos formam maioria entre os LGBTs mortos. Segundo a pesquisa, 115 vítimas se identificavam assim. Em seguida, vinham as pessoas com cor não identificada, totalizando 97, e as pretas e pardas, contabilizando 79. A faixa etária mais atingida foi de 26 a 35 anos, com 66 vítimas. Pessoas de 36 a 45 anos aparecem em seguida, com 52 casos. Depois, surgem as vítimas de 19 a 25 anos, com 43. Entre os gays mortos em 2024, a profissão de professor liderava, seguida de cabeleireiro, técnico de enfermagem e enfermeiro, médico e instrutor de dança. Já entre mulheres trans, travestis e transexuais, as profissionais do sexo foram as mais registradas entre os óbitos. Ativistas e cantoras vinham em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Números na Bahia Neuritânia Pacheco foi encontrada morta na Bahia. Reprodução/Redes Sociais Em segundo lugar no ranking dos estados mais violentos para a comunidade LGBTQIAPN+, a Bahia é responsável por mais de 10,65% dos números registrados em todo o país. Um dos casos registrados na Bahia foi o assassinato de Neuritânia Pacheco, de 48 anos, ocorrida no final do ano passado. A mulher trans saiu de casa, em Sobradinho, no norte do estado, para um encontro amoroso e desapareceu. O corpo dela foi encontrado com com sinais de apedrejamento. Um dos suspeitos de envolvimento no crime é um adolescente de 17 anos. Ele foi apreendido em 9 de janeiro e autuado por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado. A motivação do assassinato seria vingança. No entanto, a Polícia Civil (PC) não divulgou detalhes. Apesar de ser a capital mais perigosa em números absolutos, Salvador ficou em quarto, quando analisados os dados proporcionalmente, ou seja, levando em consideração o número de habitantes. Mesmo assim, a cidade superou Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, ficando atrás apenas de Cuiabá, Palmas e Teresina. O que dizem as autoridades O g1 questionou o Governo do Estado e o Governo Federal sobre as estatísticas, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. Segundo o GGB, as gestões não têm dados específicos de mortes violentas de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Mulher trans é enterrada após ser assinada no norte Bahia Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/01/18/mortes-lgbtqiapn-brasil.ghtml


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